Aprendendo com a derrota

A Copa de futebol acabou para o Brasil depois da derrota para a Holanda. Mas ainda há na imprensa opiniões e comentários acerca dos culpados pela eliminação da seleção. Esse assunto ainda vai render muito e por muito tempo.  O torcedor se refaz do desastre emitindo opinião. Vida que segue! O futebol é mesmo uma paixão, mas só uma paixão. Conudo, há que se  tirar uma boa lição dessa derrota aplicando à vida espíritual.

Salomão escreveu no capítulo sete do seu livro Eclesiaste, sete coisas que considerou como melhor que outras, as quais relaciono a seguir:

Um bom nome é melhor do que um perfume mais caro;
O dia da morte é melhor do que o dia do nascimento;
A casa de luto é melhor do que a casa onde há alegria;
A mágoa é melhor do que o riso;
A repreensão por um homem sábio é melhor do que ser elogiado por um tolo;
A paciência é melhor do que a arrogância; e,
O fim é melhor do que o princípio.

Das sete, a que nos interessa aqui  e agora é: "O fim é melhor do que o princípio".

No jogo do Brasil com a Holanda, vimos no primeiro tempo a seleção jogar para ganhar tanto que fez dois gols para somente um  valer. Teve chances de ampliar o marcador nos pés de Kaká, Juan e Maikon, mas não o fez. Era para ter saido para o intervalo com o placar mais largo e assim voltar para a etapa final apenas para administrar a vitória. Creio que time do Brasil deu tudo de si na etapa inicial para sair vitorioso.

Essa verdade nos remete a pessoas que iniciaram suas atividades na vida como fez a seleção de Dunga. Começaramm  assim, dando tudo de si e mais alguma coisa porque havia a necessidade de conquistar uma vitória. As vezes esse início é  arrasador, liberando até o fim as ultimas gotas de energia, gana e vontade para atingir o objetivo. Entregam-se de corpo, alma às atividades que realizam como se  fosse isso mais o importante no momento.

Alguns servos também iniciaram seus ministérios de forma eficaz e proveitosa, realizando grandes obras para Deus a ponto de serem reconhecidos nesse labor. Outros, dirigindo e liderando o rebanho do Mestre tornanram-se exemplo para seus pares. Alguns começaram a carreira da fé sendo agraciados e usados nos dons do Espírito, ajudando e edificando vidas. Muitos, muitos mesmo, iniciaram dese modo, como a seleção, onde parece que tiveram um primeiro tempo exemplar, favorável e dando a entender que, no final, a vitória estava garantida.

Foi o que se viu com o escrete canarinho. Mas intervalo não foi bom e com ele veio uma outra realidade que nenhum brasileiro desejava ver - a derrota da seleção brasileira.


Crentes há que intercalam altos e baixo como que colocando um intervalo na vida espiritual quebrando assim uma sequência de vitórias e conquistas dadas pelo Mestre. Não sei a que atribuir essa atitude mas conheci pessoas que tiveram esse tipo de comportamento. Depois de uma etapa vitoriosa, como o primeiro tempo do Brasil, onde obtiveram conquistas, alegria e confiança, permitiram um intervalo, sabe-se lá porquê, que no final acabou em lágrimas. Sucumbiram ante um inimigo feroz, audaz e voraz, que não se intimida até mesmo nas derrotas.  Parece que esqueceram de lutar. A vantagem que o crente possue, só o é se ele estiver ligado em Jesus. Percebe-se que muitos querem viver de glórias passadas mais longe de Cristo, como se isso fosse o natural da recomendação bíblica. A vítória final só virá se houver perseverança.

Jesus disse, em Mt 24.13 "Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo".

O fim é melhor

O primeiro tempo foi do Brasil. O segundo, venceu a Holanda e também a partida. No geral não houve nenhum lucro ou benefício para o Brasil, ainda que com méritos no primeiro tempo. O que importou foi o final dos noventa minutos. E esse apontou para a Holanda, vitoriosa.

A este fato justifica-se bem o porquê  da declaração de Salomão "O fim é melhor do que o princípio".

Jesus declarou ser ele mesmo o princípio e fim de todas as coisas: "Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro"(Ap 22.13). Se começamos nEle, nEle terminemos.

Alguns versos para instruir nossas mentes que o fim é melhor do que o início:

"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" (Rm 13.11).

"E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração" (1 Pe 4.7).

"Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim" (Hb 3.14).

"Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança"(Hb 6.11).