terça-feira, março 29, 2011

Quanto custa ser santo? Ou, que preço pagar pela santidade?


Uma das coisas que nunca aceitei por não admitir como procedente de Deus - e isso bem antes de minha conversão, é o fato de um religioso da Igreja Católica Romana ser declarado santo depois de morto. Ou seja, canonizado em razão de sua obra, vida pregressa e atribuir como de sua autoria supostos milagres. 

Mais incompreensível ainda é a disposição dos atuais "santos" da Igreja Romana insistirem com essa loucura à sociedade quando nenhum respaldo é encontrado nas escrituras sagradas.

A Igreja Católica fará no dia primeiro de maio deste ano a beatificação de João Paulo 2º. Informa o Vaticano que a cerimônia deve custar cerca de "3 a 4 euros por peregrino", mas será financiada por grupos privados.  O Vaticano espera que cerca de 300 mil peregrinos compareçam ao evento.

A beatificação é um parte do processo de canonização, que só ocorrerá após a confirmação de um segundo milagre.

Isto é o que assegura as regras da Igreja romana. Mas....

Será mesmo que os milagres realizados podem ser atribuídos a um morto? Mesmo que esta pessoa tenha tido uma excelente conduta moral, ética e pidosa, quando em vida, isto é o suficiente para dar-lhe crédito de algum milagre realizado nesta vida? Que autoridade foi dada aos líderes, do passado e do presente, da Igreja de Roma, para enfim canonizar um morto? De onde veio, se é que veio, a revelação para instituir tal coisa quando os que vão canonizar um morto são tão pecadores, carecendo da graça e misericórdia de Deus, quanto o que vai ser canonizado? Que critérios são usados na canonização para se creditar milagres a alguém que já não vive? Onde está a participação da Santíssima Trindade na canonização de um morto? 

São perguntas que jamais serão respondidas por falta de apoio na palavra de Deus.

Vamos entender o que é canononização:


O que é?

É o ato pelo qual a Igreja de Roma declara que uma pessoa morta é um santo, inscrevendo-a no cânon, ou lista, dos santos reconhecidos. O ato de canonização é exclusividade do Vaticano – ou seja, a coisa é decidida pelo mais alto escalão do clero e ratificada pelo próprio papa.


Como funciona o processo atual?

Tudo começa com a investigação do candidato pelo bispo da diocese em que ele viveu, onde é reunido o material referente à sua suposta santidade, como seus escritos e relatos dos milagres. O bispo aponta então um promotor da causa, para defender o candidato, e um “promotor da fé”, para checar e contrapor os argumentos. Daí são necessários que pelo menos dois milagres autênticos sejam comprovados para que o papa canonize o candidato.

Esses dois últimos parágrafo é um resumo das regras que visa a canonização de um religiosos que já não vive. O processo, na realidade, é uma investigação levada a efeito por um promotor da causa e por um "promotor da fé". 

Em outras palavras procede-se como um tribunal onde a pessoa a ser canonizada é investigada a fundo e, após a conclusão do processo, o papa declara  "santo" o morto.

Há de se ressaltar a boa intenção da Igreja de Roma(pois só consigo ver isso) em premiar seus religiosos com um título de "santo", depois da partida destes. Contudo, não dá para concordar com essas boas intenções quando existe a Bíblia que regula qualquer discussão sobre fé, doutrina e religião. Na realidade, a Igreja Católica Apostólica Romana(tem uma famosa igreja evangélica apostólica com este nome, não tem?) está enganando o povo com mais uma de suas heresias. Se não vejamos.....


A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?

De maneira alguma! Invocar os préstimos e milagres de uma pessoa morta é um grande pecado, para não falar em abominação. Não há na Bíblia sequer um texto que apoie tal procedimento. Não existe menção nas escrituras sagradas de mensagem ou milagre de nenhum personagem bíblico depois de morto. Qualquer um que se utilize deste espediente está prticando a necromancia: 

"Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos"(Dt 18.11).


Mortos sabem o que acontece em vida?

Não! Não sabem. A palavra de Deus é muito clara nesse sentido. Não dá margem a nenhuma especulação quando se refere ao estado dos mortos. Dois textos enfatizam esta verdade:

"Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"(Ec 9.6).

"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma"(Ec 9.10).

Por que razão a Igreja Católica Romana insiste com essas inverdades e com isso projeta milhares de pessoas afastadas da vontade de Deus? Porquê....

1 - O sistema mundano permeia os seus átrios.

2 - A glória do homem tomou o lugar da glória de Deus. Os ídolos de barro, pau, pedra, prata e ouro "servem como mediadores", entre Deus e o homem, posição esta que só pertence a Jesus Cristo. A idolatria é o espírito que guia a Igreja Católica Romana.

3 - A tradição oral humana está a frente da autoridade divina da Bíblia como palavra de Deus. 

4 - A "autoridade" papal tornou-se infalível a ponto de tornar santo pecadores carecendo de santidade.

5 - O evangelho pregado no altar romano é um outro evangelho. Não transforma as pessoas numa nova criatura. Não as faz espiritual mas religiosas. A fé é motivada, na igreja, pela religião e não em Jesus Cristo, autor e consumador da fé. Por isso o número de pessoas católicas que aceitam Jesus nas igrejas evangélicas é muito grande.

6 - O Espírito Santo é evocado apenas pelo nome,  nunca por sua ação. Seu lugar é cedido a filosofia humanista. Sua liberdade é tolhida pela ação carnal de quem lidera o rerbanho católico.

Quem estudar um pouco de história da igreja logo descobrirá que o catolicismo romano é uma religião falsa, contraditória às escrituras sagradas e desviadas dos propósitos divinos.

Isso nos leva a uma outra reflexão, agora doméstica. Diz respeito as igrejas evangélicas. Aquela que diz servir o Senhor dos senhores – Jesus.

Examinando atentamente alguns desvios que o segmento evangélico tem experimentado nesses últimos anos cria-se uma expectativa preocupante acerca de seu futuro. Mesmo sabendo que sempre haverá um remanescente vivendo fielmente ao Senhor e aos seus preceitos sob a condução do Espírito Santo.

Seria leviandade tentar tirar o cisco do olhos dos católicos deixando o travessão que encobre a visão de uma boa parte da noiva de Cristo, escondendo a  longa cauda de, também, desvios doutrinários que se arrastam pelo arraial evangélico. Já chego lá.

São muitos os que tem buscado num outro evangelho o suprimento ou aditivo complementar que, na visão deles, o verdadeiro evangelho não mais produz.

O material e o terrenal foi  sendo colocado pouco a pouco em detrimento do espiritual(veja aqui). De forma sútil foi introduzido no culto dos crentes sem que estes discernissem o verdadeiro do falso. O que até então era do Diabo e abominação, é, agora, uma “visão” dada por Deus a qual todos querem abraçar fervorosamente porque a fórmula deu certo em muitas igrejas..

Duas coisas que o segmento evangélico mais procura num afã desenfreado de causar inveja aos católicos, são: poder e dinheiro.


Poder para quem pode

Este é o lema motivacional liberado por líderes com fome de poder.

É preciso alcançá-lo a qualquer preço. Não basta mais o nome estar escrito no livro da vida. É preciso que este nome brilhe também aqui na terra. O espírito da vaidade tem manchado o testemunho cristão com esta ansia de poder

Se aproveitando dos dons dado por Deus em prol de seu reino, líderes carismáticos e com versatilidades na palavra se mostram insatisfeitos com a simplicidade do evangelho e, assim, buscam outras alternativas para dimensionar o poder que desejam exercer.

Não basta mais o rótulo de servo(para não dar conotação de serviçal), mas um título apropriado para ser reconhecido cujo significado traduza singularidade ou exclusividade. Muito superior aos outros, em outras palavras. Ímpar, dentre seus pares.

Patriarca, apóstolo, bispo primaz e tantos outros rótulos tem recheado  o vernáculo evangeliquês. Que pobreza!


Dinheiro para quem quer

Jesus, em um de seus sermões, proferiu: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”(Lc 14.26).

Se alguém vier a mim, e não aborrecer...”. O que está acontecendo é que o povo não deve ser aborrecido mas agradado. Tudo deve ser feito de maneira que este, o povo, sinta-se confortado. Ainda que seja preciso tirar o que tem e o que não tem – o dinheiro, com promessa de devolução multiplicada, o povo deve ser atingido e suas pretenções. Para isso....

Líderes inescrupulosos e famintos se assemelham ao filho pródigo, pois desejam encher o seu estômago(bolso) com as bolotas(dinheiro) que os porcos comiam.


Eles primeiro são alvos desta esta fome. E por ela detectam a necessidade do povo. Dar o que o povo quer é mais eficaz e rendoso que apresentar o que eles precisam para viver uma vida santa e espiritual.

Vende-se de tudo. Tudo é motivo para ser vendio dentro dos templos e fora deles. Esta história é conhecida. Jesus condenou esta prática: fazer da Casa de Oração casa de comércio. É o que está acontecendo em demasia no segmento evangélico.

Vende-se unção por uma boa oferta. Vende-se oração por uma boa quantia dada à igraja. Vende-se a salvação para quem entregar tudo que tem para a obra do sinhô(é assim mesmo). Vende-se cálice da ceia, pelo correio, para quem não pode ir ao templo. Vende-se uma liberação de unção financeirra para quem contribuir com programas de TV. Vende-se óleo ungido, cajado, manto, teias, água purificada e tantos outros materias depois de serem consagrados. Vende-se tudo!

Como se não bastasse o marketing gospel, o mundo secular viu e quer “cooperar” com os crentes para ter participação nesta cota. Esta notória atividade dentro das igrejas evangélicas o deixou ávido e já começa a investir maciçamente nos “astros levitas” do momento atual. Um filé até então desconhecido. Produções, programas de TVs, Cds e DVDs trazem perspectivas alvissareiras  para líderes famintos por bolotas de porcos. Tudo em nome de Jesus.

Uma famosa gravadora gospel trata seus cantores como artista. Isso é primordial. A Impressão a ser passad deve promover o retorno financeiro que pode advir e não por almas que podem ser ganha para Jesus. Desta forma está realmente o evangelho sendo pregado?

A produção de ídolos gospel começa a fazer inveja a Hollywood.

Existe alguma diferença do que foi dito da igreja católica e sua prática com o que foi mencionado pelo segmento gospel da atualidade?



Raimundo Ramos


Um comentário:

  1. muito bom , e realmente o que esta acontecendo nos dias de hoje em relaçaõ ao Evangelho, o Irmão foi muito Iluminado nesse estudo biblico!! Que Deus te Abençoi Senpre.

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