Onze de setembro de 2001, havia quase duas hora que passara pelas torres do World Trade Center. Na época, residia em New York, mas trabalhava numa cidadezinha de New Jersey chamada Edson. Por quse três anos o meu trajeto para o trabalho passava pelas torres do WTC.
No início ia de trem até a estação das torres. Nela, pegava um outro trem - o Patch, que me levava a Newark. De lá, um piedoso irmão me conduzia até Edson. Isso durou quase um ano
A companhia da qual era funcionário existe até hoje. Chama-se Allen Flavor. Seu trabalho consiste em produzir chá para uma outra empresa chamada Arizona, muto conhecida aqui nos Estados Unidos.
O expediente começava às sete da manhã. Mas meia hora antes os empregados, religiosamente, estavam na cozinha tomando o café, após o que era dada a programação para o dia.
Como é comum nesta época do ano, a aprodução cai e o trabalho fica escasso. Para resolver esse problema, a direção da empresa desloca metade dos funcionários para realizar trabalho na mansão do proprietário da companhia. A outra metada ficava nas instalações fazendo manutenção das máquinas.
A companhia tinha em torno de doze funcionários operacionais. Naquele dia fui com o grupo que se deslocou para o trabalho na mansão. Para mim esse era o melhor grupo. Mesmo parecendo que o dia demorasse a passar havia a compensação de uma "certa" regalia no serviço pois o mesmo era bem ameno em relação ao do grupo que permanecia no local de trabalho. Pensei comigo. "Hoje será um tranquilo dia". Não foi!
Como é comum nesta época do ano, a aprodução cai e o trabalho fica escasso. Para resolver esse problema, a direção da empresa desloca metade dos funcionários para realizar trabalho na mansão do proprietário da companhia. A outra metada ficava nas instalações fazendo manutenção das máquinas.
A companhia tinha em torno de doze funcionários operacionais. Naquele dia fui com o grupo que se deslocou para o trabalho na mansão. Para mim esse era o melhor grupo. Mesmo parecendo que o dia demorasse a passar havia a compensação de uma "certa" regalia no serviço pois o mesmo era bem ameno em relação ao do grupo que permanecia no local de trabalho. Pensei comigo. "Hoje será um tranquilo dia". Não foi!
Com a mão no arado, digo, no jardim da casa, um colega português me chega e diz:
- Seu Ramos, hoje o senhor não vai para casa.
- E porquê. Respondi.
- Porque todos os tuneis e pontes que ligam a Manhattan estão fechados. Disse o meu colega.
- E porquê estao fechados? Repliquei.
- Porquê parece que um avião bateu numa das torres gêmeas. E estão concluindo que um ataque terrorista.
Isso foi o suficiente para despertar a atenção ali de todos. Vimos que havia um movimento dentro da casa. A direção da empresa estava toda na sala de televisão, sentada frente a Big Screen asistindo a CNN. Esta sala tem uma parede de vidro voltada para a área verde da casa onde há um lago naural, uma quadra poliesportiva, uma grande piscina e uma área com brinquedos para criancas. Este lugar era o nosso local de trabalho naquele dia.
Depois do aviso de meu colega português, largamos as ferramentas e rapidamente corremos em direção a sala, permanecendo ainda pelo lado de fora da casa, bisbilhotando a televisão. Ao chegar, contemplamos com espanto o confronto do segundo avião com a outra torre, causando mal estar e desagrado por parte dos que estavam na sala.
Assistindo a tudo mas sem entender o que estava acontecendo na realidade, alguém abriu uma das portas de vidro da sala e permitiram que entrassemos. Em poucos segundos entendemos tratar de um ataque terrorista. Mas o pior ainda estava por vir.
Envoltos pela comoção e pertubação que tomou conta do ambiente, parecia não querermos acreditar no que estava acontecendo. Assombrados com as imagens, vimos pessoas desesperadas partirem para a morte ao se jogarem do alto das torres. As cenas eram chocantes e aterrorizadoras.
A escalada dos fatos daquele fatídico dia estava nos seus degraus mais agonizantes.
Não muito tempo depois, a primeira torre começa a ruir e a despencar do alto de sua imponência. Minutos após, como que inacreditável, a segunda torre vai ao chão.
Nessa hora não posso descrever o que sentimos vendo essas últimas cenas. Alguns começaram a chorar. O lamento e a tristeza se apoderou de todos. Ficamos por alguns segundos como que tirados da terra, suspenso por alguma coisa que nos fugiu à realidade. O sentimento era de não crer, contudo era impossível. O que viamos há pouco aconteceu mesmo. Era verdade!
Rapidamente minha mente voltou para minha família. Fabiana, minha esposa, estava trabalhando numa casa em Manhattan. Meus dois filhos estavam na escola. Queria notícias deles.
Naquela ocasião eu residia num apartamento no Queens, bem próximo da Queensboro Bridge, ponte que liga o condado a ilha.
Depois das cenas, comecei uma longa batalha para achar os meus. Liguei para o celular de Fabiana. Não houve reposta. Chamei para a escola dos meus filhos, mas não obtive exito. Insisti nas ligações. E muito as fiz que dois meses depois a companhia me obrigou a pagar a conta. Somente por volta(não tenho certeza dessa hora) das cinco da tarde consegui falar com um irmão de nossa congregação. Me informara ele que Fabiana e as crianças estavam bem e em casa.
O caos tomou conta de New York. As ligações telefônicas deficientes e iregulares dificultava as comunicações. Com as pontes e tuneis fechados só permitiam entrar em Manhattan médicos e outras classe de trabalhos imprescindíveis. Por essa razão fiquei retido por dois dias em New Jersey. Um irmão e colega de trabalho, que residia em Elizabeht(NJ), nos acolheu em em sua casa.
Passado os dias, ávido por rever a família, voltei para casa. Com eles, agradeci a Deus por tê-los vivos e bem.
Há muito o que contar. Mas fica para a próxima.
No entanto, duas coisas podemos aprender com 9/11, além do que fala a Bíblia.
Primeira. Este fato aconteceu de forma inesperada. Ninguém esperava o mesmo. FOI UMA SURPRESA.
Segunda. O acontecimeno houve de forma rápida. Pegando a todos desprevinidos e sem chances de reação. NÃO HOUVE TEMPO PARA SE PREPARAR.
A igreja sabe e conhece o que espera.
"Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai... Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis"(Mateus 24:36,43,44).
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