FELIZ 2012

PARA TODOS 

A simonia da Rede Globo com os cantores evangélicos

Esta história está um tanto cansativa. Como muitos, tenho também  minha opinião acerca do que se tem dito sobre a verdadeira razão da aproximação da Rede Globo de Televisão com cantores evangélicos.

Se fosse com qualquer outro canal de Televisão creio que a celeuma não seria tanto, haja visto que alguns programas seculares das outras emissoras tem aberto suas portas para a apresentação de cantores Evangélicos. Porquê, então, tanto barulho com a Globo?

Esta confusão é por conta de um passado não muito distante, onde a poderosa Globo se mostrou indiferente aos evangélicos, mormente ao seguimento musical.

O que houve para esta distancia encurtar a ponto da gravadora da emissora contratar cantores evangélicos de maior expressão e vendagem é algo que não se deve ter em conta o amor a primeira vista aos crentes pois isso nunca aconteceu. Nem mistério algum que não possa ser desvendado para deixar qualquer um embasbacado com esta aproximação.

A resposta é simples e óbvia. O que a emissora dos Marinhos está fazendo com cantores evangélicos, ou melhor, com o que estes possuem,  é uma “simonia”.

O que é simonia?

Antes de continuar, quero fazer duas ressalvas. Primeira, cantores evangélicos não são levitas, como alguns nomeiam. Se o fossem, jamais assinariam contratos com gravadores seculares ou até mesmo evangélicas, para comercializarem suas músicas.

Em Ex 32.26 mostra o início da separação dos levitas para o serviço do Senhor. Alguns se tornaram ministros de Deus, dentre estes, alguns sacerdotes (da família de Aarão) e os outros, seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas, tornou-se habitual separar os dois grupos. Então, muitas das vezes em que se fala sobre os levitas no Velho Testamento, a referência se aplica aos ajudantes dos sacerdotes. Seu serviço era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto, conforme os capítulos 3, 4, 8, 18 do livro de Números. 

No reinado de Davi, a música foi introduzida como parte integrante do culto a Deus. Músico e compositor, Davi atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical, isto é visto em I Cr 9.14-33; 23.1-32; 25.1-7, onde narra várias atribuições dos levitas. Entre eles haviam porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas, o que narra II Cr 5.13; 34.12.  Portanto, os levitas desempenhavam uma função, inclusive a de cantor e instrumentista, com a dignidade de um servo. Jamais para alcançar   a glória humana, dentro ou fora da igreja. 

Segunda, reconhece-se um cantor de música evangélica aquele que possui o chamado de Deus para esta função. Não como uma profissão, embora admita-se que possa dela viver.

Em o Novo Testamento não há referência a ministros de louvor, cantor como destaque individual e nem instrumentistas na igreja. A enfase recai para que todo o cristão preste culto ao Senhor, com salmos, hinos e cânticos espirituais, conforme Ef.5.18-20; Col. 3.16. 

Voltando e respondendo o que é simonia.

Segundo Orlando Boyer, a palavra “simonia” originou-se com o pecado de Simão, e quer dizer: Interesse próprio dos que se esforçam para ganhar lucro por meio da obra de Cristo.

A Bíblia é nossa regra de fé e conduta. Ela tem as respostas que precisamos para entender as questões da vida. Assim sendo, e para não sermos leviano, vamos analisar segundo a óticas bíblica olhando para a Palavra de Deus e, à sua luz, entender o que está acontecendo.

O relato do capítulo oito do livro de Atos, especificamente os versos 18 a 24, clareia o que pode estar obscuro entre a relação  Globo e cantores crentes ou evangélicos, como queiram.

O texto narra que a cidade de Samaria vivia um grande avivamento com a chegada do Evangelho levado por Filipe, que pregava a Cristo. Grande colheita de almas, curas e restauração de vidas, eram o resultado da pregação daquele diácono cheio do Espírito Santo. Por isso, Samaria era só alegria. “E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade” At 8.5-8.

Em Samaria estava Simão, um mágico que se tornou influente na cidade em razão de suas feitiçarias, iludindo a quem podia e quizesse, se fazendo passar por um grande personagem. Seu ibope era tão alto que os seus embustes foram considerado, por todo o território samaritano, como a “Revelação do Poder de Deus”

Mas o verdadeiro poder de Deus estava no Evagelho que Filipe pregava. Muitos dos samaritanos creram e com eles Simão, o qual foi batizado e passou a seguir o Diácono-Evangelista a todos os lugares onde ia; estava maravilhado com os sinais que eram feitos.

Em razão do que acontecera, os apóstolos de Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João com a finalidade de orarem pelos novos convertidos para receberem o batismo no Espírito Santo, o que aconteceu quando os apóstolos impuseram as mãos sobre eles.

Simão, novo convertido, que a tudo acompanhava, quando viu os irmãos receberem o batismo no Espírito Santo, não se contendo, manifestou-se assim: ”... vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo”(At 8.18,19).

É exatamente nesse ponto que ocorre a interseção do curioso relacionamento da Rede Globo com o seguimento evangélico da música. É neste cruzamento que as luzes revelam o verdadeiro interesse da maior emissora do país na música evangélica, antes por ela desprezada.

Para entender um pouco mais sobre isso, traçemos um paralelo da situação da época com o que ocorre hoje. Uma tipologia onde podemos denominar a Globo como um tipo de Simão moderno; enquanto os novos crentes, que receberam Jesus em Samaria naquela época, uma figura dos cantores evangélicos de hoje. Feito isso, fica mais patente a atitude da Globo em andar atrás dos cantores evangélicos. Tem tudo a ver, senão vejamos.

O que Simão queria era ganhar poder, dinheiro e lucro. Ter uma fonte de renda por meio do sagrado, do santo. Achava ele, na sua tacanha visão, que poderia abrir uma carteira de crédito com o divino para comercializar o sobrenatural. Pensava esse convencido de ontem, semelhante o que pensam os convencidos da teologia da prosperidade de hoje,  que o dom de Deus pode ser negociado através de moeda corrente.

Um dado que não pode ser desprezado é que Simão creu na mensagem do Evangelho pregada por Filipe. No entanto, pecou em não  renunciar à miséria do seu coração, permitindo que este, abarrotado de imundícia, avareza e mesquinharia, permanecesse fechado ao invés de abri-lo e, de todo, entregá-lo ao Espírito Santo para transformar seu ser.

A Globo, ao longo dos anos, construiu uma imagem negativa dos crentes ante a sociedade. Isto não é uma fantasia, mas fato.

É sabido que ela nunca admitiu qualquer trabalho evangélico na grade de sua programação. Era mais fácil a estátua do Cristo redentor, do Rio de Janeiro, descer e andar pelas ruas da cidade, que a Globo aceitar um programa evangélico em seu padrão global de qualidade. 

Também não é novidade que ela, de maneira muito forte, estereotipou personagens evangélicos em suas novelas e programas. Com isto, ridicularizou os crentes e a igreja de Cristo, numa total afronta às leis e a constituição, demonstrando claramente seu preconceito, desprezo e indiferença pelos evangélicos no Brasil.

Também é fato que os Marinhos, bem como seus diretores globais, não se converteram a Cristo, para, de repente e de graça, aceitar a música evangélica com tanto paparicação e mimo. A esmola quando é demais o santo desconfia.

Portanto, o que leva esta emissora a angariar a simpatia dos crentes apartir do seu envolvimento com a música cristã evangélica é simplesmente o interesse financeiro. Obter dividendo na vendagem daquilo que os crentes cantam para Deus e de Deus. É a simonia da Global pelo louvor dos crentes ao Senhor.

Doutrinamento e domínio da Globo

Alguns hão de questionar se é válido a Globo lucrar com a música evangélica, quando, na realidade, as gravadoras e editoras evangélicas também buscam lucro com este produto. E não só este. Mas Bíblias, livros e uma parafernália de outros materias para atender as igrejas. Que mal há, pois, em a Globo lucrar com a comercialização da musica cristã? Que diferença há entre o lucro da Globo e o das gravadoras, produtoras e editoras evangélicas quando todas estão comercializando o mesmo produto?

Aparentemente nenhum mal há nissso. Aqui nos Estados Unidos até os supermercados comercializam CDs evangélicos e Bíblias. Qualquer um pode comprar uma boa Bíblia tipo brochura por apenas U$5.00(Cinco Dolares). A questão não reside apenas no lucro, mas sim no domínio do mercado, coisa que mais interessa a Globo.

Ela não está entrando neste jogo para perder. Pelo contrário. Está entrando para dominar e doutrinar os cantores evangélicos e moldá-los a sua maneira global. É aqui que reside o perigo. É aqui que as coisas começam a ficar mais claras.

Não devemos esquecer que a Globo esteve muitos anos sozinho na liderança da audiência justamente por dar uma qualidade diferenciada dos seus produtos com relação aos mesmos das concorrentes. Ela constitui um tal de padrão globo de qualidade que, sem o crivo deste, nada é posto na telinha.

Tomo como exemplo o programa de Fausto Silva que começou na Rede Bandeirantes com um programa chamado Perdidos na noite, que da forma original como era apresentado, jamais o seria na tela da Globo. Veja aqui como era o programa.

Muito bem! Agora compare com qualquer vídeo no Youtube do Domingão do Faustão e verá a transformação, a plástica, o formato e a qualidade que foi imposta ao programa. Do programa original a unica coisa que ficou foi o apresentador. O resto todo foi mudado para atender os padrões globais. Veja aqui um vídeo do primeiro programa.

O mundo secular não admite concorrentes à frente e nem do lado.

O maior perigo, se é que existe este perigo, é o doutrinamento que a Globo deve fazer com relação aos cantores evangélicos e suas músicas, para dominar o mercado.

Não precisa ser expert no assunto para saber que logo a Globo irá impor aos novos cantores crentes uma roupagem nova e adequada que personifique o sistema da qual fazem parte agora.

Não mais serão conhecidos como levitas(embora não no sejam na prática, isto é mais pretensão do que vocação) ou mesmo cantores de música sacra, cantores cristãos ou cantores evangélicos. Serão, apartir de então, denominados artistas(o que antes, muitos já se consideravam). E...

Por serem artistas, deverão encarnar este karma e assumir a performace que ele exige.

Por serem artistas, não terão mais que deixar a espiritualidade e a submissão ao Espirito de Deus, seja o ponto alto ou a regra de conduta para compor as letras e a gravação das músicas a serem tocadas.

Por serem artistas estarão sujeitos a intromissão da Globo nas letras das músicas tornando-as mais seculares que bíblicas. Quem duvida disso?

Por serem artistas, terão que se comportar como tais no que diz respeito ao compromisso de contrato com a gravadora Som Livre. Por exemplo, estar num ambiente de um camarote, patrocinado por uma cerveja, com os participante embriagados e, por pedido de um repórter, cantarolar uma música  em plena noite de carnaval na avenida do samba.

Por serem artistas, não será mais um serviço, uma adoração ou uma entrega genuína de louvor a Deus a razão maior de uma lançamento musical. Tentar encaixar isto na mente de um produtor de música secular  mundano, lidando agora com crentes, e a mesma coisa que exigir de um récem-nascido o entendimento.

Por serem artistas terão que se adequar a um novo estilo de linguagem, de idumentária e de apresentação no palco. O lado “brega” evangélico será enterrado sem direito a ressureição.

Por serem artistas terão um campo de ação e alcance maior para atender as necessidades da gravadora. No entanto, quanto a igreja, este campo será limitado.

Sem concorrentes

Por muitos anos o retrovisor plim-plim da Globo não viu concorrentes. Algumas TVs estavam à sua frente apenas  no seletor de canais, jamais em audiência. Esta situação sugere uma pista com apenas um corredor que larga, corre e vence sozinho a competição. Era como não existisse competidores. A figura do unico competidor aqui é a da Globo.

E era mesmo. Mas agora, parece que as coisas estão mudando. Há concorrentes na pista.

Voltemos a Simão, o ex-mágico e agora novo convertido, digo, convencido.

Este feiticeiro, por muitos anos, logrou êxito em sua sedução. Não existia em Samaria um mágico tão proeminente e notório. Qualquer um que desejasse um encantamento requereria seus préstimos. Reinou sozinho, e sem concorrentes, na arte da enganação que sua fama não permitiu dar chances a outros de sua categoria.

Veja que coisa interessante. Como Simão, a Globo também reinou, durantre vários anos, sozInha na liderança do país. Em dez telespectadores que sentassem a frente de um televisor, nove assistiam a programação global, sem nenhum exageiro. Era muito dificil optar por outro canal e deixar de ver o que todos estavam assistindo: O jornal da manhã, os desenhos animados, o programa infantil, o filme da tarde, o jogo mais importante, o evento do ano, o jornal do fim do dia, a novela que todos comentam, o programa de fim de noite, o programa dominical, o desfile das escolas de samba, a corrida de formula 1, o campeonato de futebol. A programação global dominava de manhã ao fim da noite.

O aparente declínio da Globo

Um dia a casa cai, diz o ditado popular. Ninguém consegue se manter no topo por muito tempo ou por toda a vida. É coerente entender isto, visto que a natureza humana é imperfeita.

E este um dia a casa cai chegou para a Globo e ela o está vivendo. Foi o dia em o Bispo Macedo, dono da Universal e da televisão, adquiriu a Record do grupo Silvio Santos.

Em 9 de novembro de 1989, com ajuda de outros empresários, Edir Macedo assumiu a direção da TV Record, que tinha apenas três emissoras, uma na capital e duas no interior de São Paulo, que no ano seguinte transformaria na Rece Record somente em 1991 é que comprou e assumiu de fato o controle da emissora. Nos anos seguintes, compra os estúdios da atual Line Records. o parque gráfico Universal Produções, responsável pela edição da Folha Universal (desde 1992), as emissoras de rádios e TVs e se torna proprietário da Rde Familia (em 1998), Rede Mulher (em 1999) que mais tarde se tornara a Record News e a Rede Aleluia, formada por mais de 70 emissoras de rádio.

A Globo tinha que se mexer e fazer algo porque sua audiência começava ser ameaçada. Seu público estava sendo seduzido por outra televisão que despontava, diferente das outras, acomodadas, com a liderança global.

Em 1992, O Bispo Macedo, que defende o aborto, foi preso sob acusações de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas. Era o que a Globo queria para baixar a bola de Edir e também da audiência da Record.

Levanta-se então a maior rixa entre duas as televisões - Record e Globo -, até hoje não vista pelo povo  brasileiro. Uma guerra que de santa não tinha nada a não ser materializar o lado podre de ambas as emissoras.

Em 1995, a Globo, através do Jornal Nacional, joga no ar uma matéria-denúncia sobre como Macedo ensina seus pastores a convencerem os fiéis da sua igreja(IURD) a darem ofertas e dízimos. Lembre o vídeo.

Para nocautear de vez a Record e o seu dono, Bispo Macedo, a Globo lança, em doze capítulos, a minissérie Decadência, baseada no romance homônimo de Dias Gomes. Foi escrita pelo próprio e dirigida por Roberto farias e Ignácio Coqueiro. Tinha, nos papeis principais, Edson Celulari e Adriana Esteves.

A minissérie mostrava o declínio de uma conservadora e outrora poderosa família carioca, os Tavares Branco, no período que vai de 1984 a 1992. Passando pela morte de Tancredo Neves à eleição e queda do presidente Fernando Collor,, os Tavares Branco vão falindo e deixando transparecer seus problemas morais e financeiros.

A trama começa com o jurista Tavares Branco aceitando o pedido de um padre para criar um menino órfão, Mariel, que fica sob os cuidados da criada Jandira. Mariel cresce e se torna motorista da família, mas acaba por se envolver com Carla, a caçula da casa, e é expulso da mansão acusado de estupro.

O tempo passa e Mariel reencontra Jandira, que sempre nutriu um amor pelo ex-motorista. Ela o leva a um culto numa igreja neopentecostal, e Mariel encontra na igreja a salvação para seus problemas. Cinco anos mais tarde, ele se torna milionário após fundar sua própria igreja, o Templo da Divina Chama, enquanto seus antigos patrões empobrecem. Mas os mesmos sentimentos do passado continuam a ligar a nova vida de Mariel ao universo dos Tavares Branco: a paixão por Carla e o desejo de vingança.

Apesar de se amarem, Mariel e Carla tem ideais de vida diferentes: ele pretende crescer cada vez mais com suas igrejas, e, ela, bastante politizada, eleitora do PT, não concorda com seu jeito pouco ético de agir.

A série mostrou a vida de um pastor evangélico devasso. O personagem Mariel foi constiuído com o objetivo de associá-lo à pessoa do Bispo Macedo. Algumas falas do personagem foram retiradas de trechos de declarações públicas de Edir, para sugerir uma identificação entre ambos.

O personagem Mariel foi criado para denegrir a imagem do líder da Igreja Universal, Bispo Macedo. Veja aqui um vídeo.

Insatisfeitos, mordidos e prontos para dar o bote na Globo, alguns líderes da IURD se manifestaram repudiando a minissérie da Globo. Foi nesse clima que surgiu o chute na santa.

Durante um programa matutino, O Despertar da Fé, transmitido pela Record, o Bispo Sérgio Von helder proferiu insultos verbais e chutes contra uma imagem de Nossa Senhora Aparercida, à qual se dedicava o feriado do dia. O bispo protestava por ser o 12 de outubro feriado nacional, cuja padroeira e a  santa dos católicos do Brasil, não aceitando a crença da Igreja Romana. O fato repercutiu fortemente em grande parte da sociedade brasileira.

A música cristã evangélica no caminho da Globo

O tempo passou e a Record viu a possibilidade de não mais ameaçar, mas tomar a liderança da Globo. O que fez para isso?

Despontando altaneira no segundo lugar, a Record resolve dar uma cartada definitiva. Troca de cenário,  deixa o escrúpulo santo de lado e parte com toda avidez para o mundano. Com as comportadas roupas evangélicas no cabide, a TV de Macedo veste agora o sensual e bizarro, copiando todo tipo de programa que a Globo produzia, num total descaramento, cinismo e muita falta de criatividade. Profana com isso os dízimos e as ofertas recolhidas da IURD, que compraram e mantinham a Record viva. A baixaria da Record, em alguns programas, só se compara a lavagem que Satanás oferece aos filhos das trevas sob seu domínio. O nível de programação desceu a tanto que não se entende que a a dministração desta emissora é constituída de pastores.

Por incrível que pareça, estas coisas deram resultados e a Record começou subir o monte que leva ao topo da Globo. Esta, ao perceber sua audiência ameaçada, agiu rápido. O que fez então?

Primeiro, tentou e conseguiu imprimir um ritmo mais popular aos seus programas. Mostrando o povo e sua face como ele é. Coisa que a Globo tem ojeriza.

Segundo, conhecedora que uma grande parcela dos crentes são telespectadores da Record; que o número de crentes cresce maciçamente a cada ano; que, não tarda, a metade da população brasileira será evangélica; e, o mais importante, viu que os outros canais de televisão abriram espaço para os evangélicos, trazendo liderança, publicidade e anunciantes para essas emissoras, não hesitou e começou a abrir espaço aos crentes na sua programação.

Terceiro, foi rápida ao “deixar”  de lado o preconceito e o litígio com os evangélicos passando a materializar um plano que se desenhava nos bastidores: conquistar os crentes mostrando o que eles tem de bom para depois ganhá-los.

Quarto, oportunizou na rede, afiliadas e revistas do Grupo Globo, uma nova posição junto aos evangélicos de maneira ficar patente sua nova relação com este segmento da sociedade, antes, por ela, discriminado.

Quinto, Procurou enfatizar que sua antipatia era com a Igreja de Macedo, não com os 

evangélicos, incluindo ai membros da Universal.

O que se lê abaixo é a comprovação do que menciono acima.

Publicado na revista Veja, coluna Radar on line, de Lauro Jardim, em junho de 2008:

Como tratar os evangélicos 1

Há uma recente instrução geral (não escrita) na Globo sobre como tratar os evangélicos, vinda diretamente da família Marinho: adversária é só a Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo – e não todas as igrejas evangélicas. Em sua programação, a emissora deve deixar claro que não discrimina os outros evangélicos. Essa demarcação terá que ficar nítida.

Como tratar os evangélicos 2

A avaliação é que a Universal aproveita bem o embate com a Globo para unir todos os evangélicos contra a emissora – e que a Globo nunca conseguiu explicitar de modo patente que a sua guerra é com igreja de Macedo, a qual chama de seita. Na verdade, a Globo nunca se preocupara com isso, que, afinal, parece meio óbvio, e botavam todos no mesmo saco. Resultado: há entre boa parte dos evangélicos o sentimento de que são discriminados pela emissora. Agora, tenta recuperar o tempo e a audiência perdidas.

De 2008 para ca a Globo começa por em prática seu plano procurando mostrar sua nova postura com relação aos evangélicos. E só conferir ao longo deste período os fatos que segue:

Maio de 2009 – Reportagem sobre o trabalho dos evangélicos junto a população – veja.

26 de maio 2009 - Missionários traduzem a Bíblia para índios no MS - veja 

27 de maio 2009 - metodistas salvam almas nos subterrâneos - veja

28 de maio de 2009 - Batistas e adventistas ajudam crianças pobres - veja

29 de maio de 2009 - A atuação dos luteranos no Rio Grande do Sul - veja

março de 2010 - Comercial do CD de Regis Danese pela tela da Globo - veja

outubro de 2010 – Diante do trono no Faustão - veja

dezembro 2010 - Ludmila Feber no Faustão  - veja

junho 2011 – Pastor Silas Malafaia no Jornal nacional - assista 

Novembro de 2011 - TV Globo terá programa evangélico em 20012 - Leia

dezembro de 2011 - Pastor participa do programa “Amor e Sexo” da Globo, com Rabino e Padre  - veja

dezembro de 2011 - Evento da Associação Vitória em Cristo foi tema de reportagem de afiliada da Globo - assista 

dezembro  de 2011–   Diante do Trono fará  participação especial no programa " Caldeirão do Hulk" da TV Globo - veja

dezembro de 2011 - Ana Paula Valadão TV Globo de olho nela, para sua programação em 2012 - veja

dezembro de 2011 - A homenagem da Rede Globo ao Dia da Bíblia confira - confira

dezembro de 2011 0  Festival Promessa da Globo -  veja

Dezembro de 2011 - Silas Malafaia é citado pela Revista Época entre as personalidades mais influentes do ano no Brasil - leia

Nada é definitivo

Em Romanos 8.28, Diz: E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que ama a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.

Muitos agora estão aplaudindo o que antes condenavam. Não poucos estão a proferir que Deus abriu as portas da Globo para o Evangelho ser anunciado em todo país através do louvor dos crentes. Meninice é pensar que todas as relações do homem com o Evangelho tem aprovação de Deus. Alguns se baseia citando o verso que diz: ...importa que primeiro o  evangelho seja pregado entre todas as nações(Mc 13.10).

Mas não é bem assim. Devagar com o andor que o santo é de barro, canta os carnavalescos.

O Senhor nunca precisou da Globo para que a sua palavra fosse difundida e anunciada ao homem. O evangelho atingiu um número expressivo de almas no Brasil, devido a alguns instrumentos que Deus usou, a saber:

·     Primeiro, a obediência ao IDE de Jesus quando ninguém mais pode fazer a não ser a igreja dos crentes em Cristo Jesus;

·   Segundo, à direção, liderança e condução do Espírito Santo, o unico que resiste ao feroz inimigo da igreja;

·   Terceiro, ao desprendimento, coragem e ousadia dos verdadeiros homens de Deus que não se corrompem com as facilidades do evangelho mamão-com-açucar;

·     Quarto, a graça e ao amor que o Senhor derramou sobre os que foram chamados para anunciar  o Evangelho de Cristo;

·      Quinto, a uma igreja atuante que não se importa com o que pensam da loucura da

     pregação dasBoas Novas de salvação;

Enquanto Deus se utilizava destes instrumentos para proclamar a Cristo no Brasil, a Globo fazia de tudo o possível e o impossível para que este mesmo Cristo não fosse conhecido pela pregação do Evangelho -  combatendo a igreja e se mostrando indiferente ao povo de Deus na sua grade de programação.

Por incrível que pareça, é na adversidade que o Evangelho de Cristo é mais propropagado. Paulo, o apóstolo dos gentios, preso em Roma, destaca esta situação quando escreveu aos irmãos filipenses informando que as coisas que lhe aconteceram contribuíram para maior proveito do Evangelho. Com sua prisão, muitos dos irmãos no Senhor, tomaram ânimo..... ousam(ousaram) falar a palavra mais confiadamente, sem temor.

Os textos abaixo enfatizam a propagação do evangelho por causa das adversidades:

Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra(At 8.4).

E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus(At 11.19).

Concluindo

Voltemos ao episódio onde se encontra Simão, agora com outro Simão.

Após oferecer dinheiro para comprar o poder de Deus(batismo no Espírito Santo), Simão recebe um reprensão de um outro não menos conhecido Simão – o Pedro.

Este Pedro, legítimo apóstolo, conhecedor da doutrina de Cristo e homem totalmente transformado pelo poder de Deus, investiu contra seu xará repreendendo-o proferindo que morresse com o seu dinheiro por achar que o dom de Deus pode ser comprado. Foi mais além. Disse que Simão não tinha parte neste ministério porque o seu coração não era correto diante de Deus. Por último mandou que Simão se arrependesse dessa grande maldade e orasse a Deus suplicando seu perdão.

Quando no início deste post mencionei que a Bíblia responde a todas as questões da vida as quais necessitamos, fico a imaginar o que seria do evangelho de Cristo, naquela época, em que Simão queria comercializar o dom de Deus, se não aparecesse Pedro e com discernimento do Espírito Santo,  resistisse a esse tráfico de bens espirituais, aceitando a proposta indecente do feiticeiro Simão.

Terá um dos cantores evangélicos contratados pela Som Livre, gravadora global, o discernimento, umzinho só que fosse, para reconhecer a simonia da Globo?

Raimundo Ramos